o processo da vida

começa com o cinza, com o nublado, com a tentativa de enxergar, assim como quando as nuvens estão na frente do sol, mas você sabe que ele está lá. você tem a segurança.
a segurança se foi.
só restou o azul, o mar, as lágrimas.
as perguntas, os enigmas, as respostas que nunca saberei, as problemáticas, os porquês.. eles me acompanham após o escuro e sua certeza de que não tem nada atrás do nublado. aliás, tem sim alguma coisa, tem o nada.
o branco é luz.. tão forte que me cega, vai ver nelas estão impregnadas algumas das resoluções das minhas dúvidas mas não consigo enxergá-las. é muito branco. é muito vazio nessa luz.

às vezes, tem um verde, uma faixa de esperança quanto a todos e a tudo.
quanto a mim.
só às vezes.

nesse branco podem ter uns momentos bons, até alguns sorrisos, mas as lacunas preenchidas e com seus significados são mais marcantes até agora.

os pensamentos no centro é o que sustenta tudo, sustenta a vida, sustenta a teoria de que nós somos diferentes dos outros animais por tê-los, mas só sustenta. nem sempre dá forças o suficiente para que aquela pilastra não precise de mais sustentações e possa ficar erguida sozinha.

aparecem algumas cores, mas nada de amarelo. nada de sol. nada de calor. bastante frio.
eu já conheci o calor, eu conheço e sei que pela vida vou conhecê-lo muitas vezes. mas ainda assim, ele não prevalece.

tem sempre algumas revoltas é verdade $@#%X¨%¨#@!! mas depois olhamos pra ela, desejamos que ela cause impacto, que nossas ações sejam reconhecidas. mas a mudança, ah, a mudança é difícil. e mesmo tentando transformar aonde vivemos um lugar melhor, os maiores não ligam e geralmente continua como está.

acaba.
acaba do mesmo jeito que começou.
nasci chorando e talvez morrerei também.
por felicidade, por tristeza, sem motivo.